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Antes que tu conte outra

by Apanhador Só

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1.
Mordido 04:16
MORDIDO (Alexandre Kumpinski) essa balela aqui não vai colar não tá tão fácil assim pra convencer esse teu papo de querer crescer a parceria, jogo aberto e tal não cola mais, já deu pra perceber que se alguém sai ganhando aqui é tu aqui tem peito pra identificar que ao contrário do teu lá lá lá negócio aí não é nada mais do que nãnã e meter no nosso o teu esquema sempre foi lograr criar uma imagem boa pra vender na captura do nosso querer tá conseguindo é nos provocar toma cuidado pra não se perder que aqui na espera tão querendo um um só, que sirva pra exemplificar que volte vivo pra poder contar como é que fecha assim lacrado, interditado, aqui o nosso
2.
VITTA, IAN, CASSALES (Alexandre Kumpinski) dobra uma esquina dobra outra esquina mais uma esquina e ainda uma outra mais e tu voltou pro mesmo lugar sem gasolina ainda há a buzina que te azucrina pressiona internamente a tua cabeça que quer gritar o olho pisca, querendo saltar o lábio sobe, querendo rosnar a veia salta, não vai aguentar... vitta, eu tô cansado do pra lá e pra cá eu quero brisa leve se a vida é faísca que brilhe devagar lucas, se o engraçado às vezes faz doer eu quero rir com cãibra até abrir ferida eu tô por me perder tu te ilumina tomando um uísque com guaraná Cadê a tua mina? Tá com a comanda ah, fala demais fuma demais bebe demais ah, calcula demais planeja demais e nada demais vou ao comício faço exercícios mas nem um indício de como eu vou fazer pra ela perceber que se eu pedalo, ela é a corrente e perceber que se eu calo é porque não sei mais se todo vício deixa resquícios com que artifícios é que eu vou conseguir fazer ela perceber que, se a medalha é minha, é dela e perceber que se eu corro abertamente eu vou mais? ian, tô junto nessa de querer cantar um verso com coragem que sirva de bandagem pro que se quer curar cairá um meio tom sem aviso a conta é tua e o risco é o próprio riso a cantar eu dobro a esquina o calor no asfalto marola o ar procuro a sombra eu vou de boa e o mundo vai ficando grave com todo estorvo, precipício muro em cima, todo entrave ah, grave com todo o estorvo, precipício muro em cima, todo entrave grave estorvo entrave
3.
LÁ EM CASA TÁ PEGANDO FOGO (Alexandre Kumpinski) lá em casa tá pegando fogo lá em casa tá faltando água lá em casa tá pegando fogo tá pegando fogo no assoalho tá pegando fogo na cortina tá pegando fogo no armário tá pegando fogo na Betina tá pegando fogo tá pegando tá pegando fogo tá pegando fogo tá pegando fogo tá pegando fogo tá pegando lá em casa tá pegando fogo e ninguém se interessa em apagar tá pegando fogo na varanda tá pegando na televisão tá pegando fogo na minha cama tá pegando fogo no fogão tá pegando fogo na parede tá pegando no teto e no forro na patente, na escova de dente tá pegando fogo no cachorro tá pegando fogo em toda casa e daqui a pouco aquela casa não vai ter mais não tá pegando fogo em toda casa e não tem graça aquela casa não vai ter mais não lá em casa tá pegando fogo e ninguém se interessa em apagar
4.
Despirocar 03:03
DESPIROCAR (Alexandre Kumpinski / Ian Ramil) faz tempo eu tô com azia, durmo mal, tenho alergia quando acordo nem bom dia e a ducha fria ainda me dói em atraso permanente, escolho a roupa, escovo os dentes abro a porta da frente e a luz do dia me corrói então eu me pergunto, quando sobra algum segundo em que eu reflito sobre o mundo, se funciona e coisa e tal concluo que tá preta a situação, pra lá de azeda o leite que ‘inda sai da teta nem sequer é integral desesperado eu penso em gargalhar mas decido respeitar a minha dor talvez seja melhor despirocar de vez, talvez, de vez talvez, de vez no bus eu subo afoito, engolindo algum biscoito acotovelo logo uns oito, eu tô cansado e vô sentar depois do chacoalhaço, tô no trampo e o palhaço mesmo me vendo um bagaço, já começa a me ordenhar digito, atendo o fone, meio dia eu sinto fome me levanto sem meu nome e vou pra fila do buffet depois de dois cigarros, acomodo o meu pigarro me reponho de bom grado e termino o afazer desesperado eu penso em gargalhar (hahahahahaha) mas decido respeitar a minha dor (ô ô ô ô ô ou) talvez seja melhor despirocar (hahahahahaha) de vez, talvez, de vez talvez, de vez talvez seja melhor despirocar de vez, talvez seja melhor despirocar de vez talvez, talvez cansado eu chego em casa, o willian bonner me afaga me contando alguma fábula de algo que ocorreu requento qualquer rango, cambaleio até o meu canto ‘inda nem fechei o tampo e o meu corpo adormeceu desesperado eu penso em gargalhar (hahahahahaha) mas decido respeitar a minha dor (uoooooooô) talvez seja melhor despirocar (hahahahahaha) de vez, talvez, de vez de vez, talvez
5.
LÍQUIDO PRETO (Alexandre Kumpinski / Rafael Penteado) pau no cu de quem não quer dividir esse refri com a minha mulher que não consegue beber uma garrafa inteira sozinha e quer evitar o desperdício desse líquido preto preto e docinho docinho e cheio cheio de gás que é uma delícia traz felicidade que é uma delícia pra toda a família que é uma delícia reúne os amigos como é que pode tanto engodo assim num líquido preto preto e docinho docinho e cheio cheio de gás? que é uma delícia te deixa gorda ninguém sabe a fórmula mas tem muito sódio e cura a ressaca te faz de panaca como é que pode tanta mágica assim num líquido preto preto e docinho docinho e cheio cheio de gás?
6.
NÃO SE PRECIPITE (Alexandre Kumpinski / Felipe Zancanaro / Martin Estevez) não se precipite, não suponha(o) o que não foi anunciado gestos e olhares não são sempre suficientemente claros no escuro, o muro se arma quanto mais alto, mais silêncio, mais nos afasta então me conta o que incomoda que eu te conto o que incomoda e assim, desse jeito, vamo acertar a rima, a métrica, a lógica, a tônica o alvo, o compasso, a cadência harmônica entre nós, entre eu e tu, entre nós entre eu e tu e nós recolhe o dedo em riste, e vamo junto desviar do que estorva pode ser desconfortável, mas só com sinceridade se contorna o muro que, no escuro, se arma quanto mais alto, mais silêncio, mais nos afasta então me conta o que incomoda que eu te conto o que incomoda e assim desse jeito vamo acertar a rima, a métrica, a lógica, a tônica o alvo, o compasso, a cadência harmônica entre nós, entre eu e tu, entre nós entre eu e tu e nós
7.
Rota 03:38
ROTA (Alexandre Kumpinski / Ian Ramil) minha mente simplesmente volta e eu me esqueço dos sermões delírios de comodidade nos conformam e convencem sobre a forma de seguir olhando reto sem ouvir entre as quadras vai passando o ponteiro e o meu pé quer tropeçar e o meu pé quer tropeçar o suor arranha, o rosto escorre olho o caos na palma da minha mão derreto e me misturo aos milhões que me carregam e alucino na imagem daquilo que devia ter um pouco mais de drama entre as quadras vai passando o ponteiro e o meu pé quer tropeçar vou seguindo a minha rota sem que eu possa controlar
8.
Torcicolo 02:56
TORCICOLO (Alexandre Kumpinski) colchão pequeno, torcicolo, cotovelo na costela, pé gelado debaixo da coberta meu benzinho, eu não vejo a hora de ir embora vestir a roupa, ir no banheiro e dar no pé feito um idiota garganta seca, gole d’água, frio na espinha e mão suada tapa errando o mosquito e não a orelha meu benzinho, tu é um amor, mas tô pensando em cair fora achar a chave, abrir a porta e dar no pé feito um calhorda
9.
Nado 03:48
NADO (Alexandre Kumpinski / David Soares) com ar despreocupado mesmo um pouco complicado usando gestos elegantes entra em qualquer discussão só por esporte ou diversão hidrocor de ponta seca mar, areia, pau de lixa agulhada na orelha finca o guarda-sol na areia ou nas costelas da sereia te te te te te te tec mil e um caracteres transcrevendo uma ideia que não passa de bobagem talvez se for pra reciclagem em pleno horário nobre uma senhora de bigode é levada alegremente numa estéta-depiladora que experiência promissora passa o caminhão do lixo carrocinha de pipoca veteranos em farrapos telefone na hora errada minha irmã sempre assustada elevador de conversinha olha a chuva!, tô com fome usa uma lata de cinzeiro vamo embora pra minha casa sem receio e sem pirraça a tentativa é sempre livre desandou o desodorante faz um tempo que eu não corto tem um nhoque nas tuas costas eu nado livre numa poça tartaruga emparedada camuflagem despontante numa selva não interessa o que é bronze e o que é lata tô infiltrado na manada desenrugando a cabeleira situação periclitante eu tô pensando em arrancar a jugular do presidente minha gengiva tá dormente cacarejando sem limites entornando com o bico no gargalo o galo gordo se distrai e gargalha e nao vê o fio da navalha musiquinha repetindo sempre os mesmos dois acordes semi-caos instituído eu tentei compor um mantra meta-estrofe de pilantra piscininha de mil litros fantasia super homem o maior quintal do mundo mobilete enferrujada e eu não tô dizendo nada e eu não tô dizendo nada e eu não tô dizendo nada
10.
Por trás 01:13
POR TRÁS (Alexandre Kumpinski) tudo certo, parceria, que palavras lindas mas ainda tem uma coisa que eu não entendi: qual é, afinal, o peixe que tu tá vendendo? qual é, afinal, o peixe que tu tá vendendo? tudo lindo, realmente, tô emocionado mas ainda tem uma coisa que eu não entendi (uma duvidazinha assim, um detalhezinho aqui, pode parecer bobagem mas tô achando que não é): qual é, afinal, o peixe que tu tá vendendo? qual é, afinal, o peixe que tu tá vendendo? qual é o cheiro das tuas ideias? qual é o gosto que tu traz no peito? e, por trás do peixe que tu tá vendendo, qual é o peixe que tu tá vendendo?
11.
Reinação 04:54
REINAÇÃO (Alexandre Kumpinski) instituiu o fim da pressa decretou o deixa pra lá em seu peito mais amores sem bandeira e sem fuzil confortável mãe gentil assinou um documento permitindo o bem-viver e um brado forte e retumbante se espalhou nos meios fios teve gente que sorriu quem quiser brincar põe o dedo aqui que já vai fechar o abacaxi quem quiser brincar quem quiser mudar quem quiser brincar ó, já vai fechar fez brilhar no céu da pátria mais de mil canhões de luz de luz verde louro oliva deixando cego entre outros mil o nó de tudo o que é vil suprimiu a covardia eliminando a luta vã verás que um filho teu não foge ao firmamento azul anil (que já vai fechar) o mais azul que já se viu
12.
CARTÃO POSTAL (Alexandre Kumpinski / Felipe Zancanaro) eu tô sentado dentro de um cartão-postal olhando aqui de perto tudo é tão normal a imagem mais bonita de uma capital impressa na revista me deixou feliz mas olhando aqui de perto, eu admito, tudo é tão normal comprei uma asa-delta pra tentar um vôo tentei, não consegui, mas vou tentar de novo problema é que não sei como subir no morro e é preciso tá no alto pra se atirar não achei nenhum caminho, mas (tá escrito) eu vou tentar de novo eu espero a minha janta debaixo da mesa olhando aqui calado me vem a certeza que as pernas do meu lado vão envelhecer e que os sapatos que elas vestem vão perder o verniz a carne dura menos que qualquer madeira

about

Segundo álbum da banda porto-alegrense Apanhador Só, financiado via crowdfunding.

www.apanhadorso.com

1 - Mordido (Alexandre Kumpinski)
2 - Vitta, Ian, Cassales (Alexandre Kumpinski)
3 - Lá em casa tá pegando fogo (Alexandre Kumpinski)
4 - Despirocar (Alexandre Kumpinski / Ian Ramil)
5 - Líquido Preto (Alexandre Kumpinski / Rafael Pentado Vitta)
6 - Não se precipite (Alexandre Kumpinski / Felipe Zancanaro / Martin Estevez)
7 - Rota (Alexandre Kumpinski / Ian Ramil)
8 - Torcicolo (Alexandre Kumpinski)
9 - Nado (Alexandre Kumpinski / David Soares)
10 - Por trás (Alexandre Kumpinski)
11 - Reinação (Alexandre Kumpinski)
12 - Cartão Postal (Alexandre Kumpinski / Felipe Zancanaro)

credits

released May 21, 2013

PRODUÇÃO:
As faixas "Torcicolo", "Rota", "Despirocar", "Não se precipite" e "Por Trás" foram produzidas por Gustavo Lenza, Zé Nigro e Apanhador Só.

Mordido, Líquido Preto, Reinação e Vitta, Ian, Cassales foram produzidas por Diego Poloni, Gustavo Lenza, Zé Nigro e Apanhador Só.

"Lá em casa tá pegando fogo" foi produzida por Antonio de Paula Ternura, Gustavo Lenza, Zé Nigro e Apanhador Só.

"Nado" e "Cartão Postal" foram produzidas por Apanhador Só.

GRAVAÇÃO:
As faixas "Mordido", "Lá em casa tá pegando fogo", "Líquido Preto", "Reinação" e "Vitta, Ian, Cassales" foram gravadas no Estúdio Navegantes e no estúdio da casa do Ney.

"Rota" e "Por Trás" foram gravadas no Estúdio Navegantes.

"Não se Precipite", "Torcicolo" e "Despirocar" foram gravadas no Estúdio Navegantes e na sala da casa da Dona Lusa.

"Nado" foi gravada no estúdio da casa do Ney e na sala da casa da Dona Lusa.

"Cartão Postal" foi gravada no estúdio da casa do Ney.

Todas as faixas mixadas por Gustavo Lenza no Estúdio Slab e masterizadas por Felipe Tichauer no Estúdio Redtraxx Music

Gravado entre a primavera de 2012 e o verão de 2013 nas cidades de São Paulo (Estúdio Navegantes), Porto Alegre (sala da casa da Dona Lusa) e Gravataí (estúdio da casa do Ney).

Projeto Gráfico e Direção de Arte: Rafael Rocha

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Apanhador Só Porto Alegre, Brazil

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